Uma relação complicada...com o desporto
Nestes dias um pouco maiores e cheios de sol começo imediatamente a pensar na urgência de pôr este corpo preguiçoso a mexer.
Já começo a sentir-me mal com isto de ser pouco (ou nada) dada ao desporto.
Para onde quer que me vire, vejo gente cheia de garra, logo pela manhã, a correr ou no ginásio! Inevitavelmente penso no assunto e em que prateleira da minha vida isso está arrumado!!
Aliado a todos os benefícios que a prática desportiva acrescenta à vida das pessoas, no meu caso poderia suavizar as recorrentes enxaquecas e, no limite, acrescentar-me um ou dois quilinhos! Para além disto, tenho ouvido frequentemente muitas pessoas admitir que descobriram na corrida uma nova forma de felicidade.
Eu acredito, mesmo! Só ambiciono um pouco disso para mim também.
Agora mesmo, neste instante, podia calçar as sapatilhas e começar a correr desenfreadamente pelas ruas da aldeia. Podia sim e só me fazia bem!
Mas, os cães que, supostamente, não pertencem a ninguém, impedem-me. Logo ao sair de casa, deparo-me com três bichinhos assustadores, um deles bem maior do que eu.
Passo por eles de carro. Sem medos. Cheia de confiança.
Não coloco a hipótese de passar por eles .... a correr! Nem pensar! Vá que os bichos ainda pensam que estou a fugir deles...
Hoje são os cães, amanhã será a chuva e o frio, no dia seguinte será o facto de não ter companhia porque os meus horários não são compatíveis com os de ninguém, e por aí em diante.... Sou perita em desculpas deste género.
Aliás tenho uma pós-graduação em "Como fugir ao desporto".
Vale tudo para encobrir este desinteresse desportivo.
Bem sei que basta uma grande dose de motivação, de disciplina e de boa vontade.
Mas onde é que isso se vende?
Já percebi que, numa futura relação com o desporto, tenho de ser eu a dar o primeiro passo.
O "moço" é tímido e não tem coragem de se aproximar!