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A Rapariga na Aldeia

A Rapariga na Aldeia

Falemos de coisas sérias

Uma pessoa dirige-se ao hospital público porque tem agendada uma consulta, um exame ou porque precisa de acompanhar um familiar. Mas, como é indivíduo de má sorte, apanha a bactéria da legionela, não resiste à infeção e acaba por morrer! Infelizmente, mais quatro pessoas têm a mesma sina e cerca de meia centena recebem tratamento hospitalar para enfraquecer a dita bactéria do legionário. 

 

Acontece que esse mesmo hospital público, onde estas pessoas tiveram o azar de entrar, continua em funcionamento uma vez que as análises feitas às torres de refrigeração, dias antes do surto de legionela, deram negativo. Não há motivos para alarme, é isso? pergunto. Se amanhã precisarmos de ir ao HSFX ou a outro hospital qualquer, podemos ir tranquilos e sem medo de bater as botas? Os responsáveis estão a atuar condignamente? 

 

Por falar em responsáveis, os daquela unidade de saúde pensaram tal como eu quando um dos meus filhos tem febre vamos lá devagar, não é preciso tomar medidas mais drásticas porque ainda é cedo para perceber a origem da infeção!, com a diferença abismal de que podem estar a pôr uma série de vidas em risco e eu, ao tomar uma atitude semelhante só estou a adiar uma ida às urgências que, nos dias que correm, está visto ser um perigo para a saúde!

 

Continuam a dizer que o surto de legionela está controlado quando, ainda hoje, as notícias dão conta de mais uma morte! O ministro da saúde diz que "houve uma falha técnica", a sério sr. Adalberto? e que, evidentemente, devem apurar-se responsabilidades. Pergunto, que responsabilidades? as mesmas de Pedrógão? condições meteorológicas propícias a ... ou ineficácia na prevenção ... sabendo das doze mortes de há três anos pelos mesmos motivos?

 

Se não fosse o vento a levar o ar contaminado para Monsanto e era ver mais umas quantas mortes!

 

E como se isto tudo não fosse suficientemente sinistro, uma terrível "falha de comunicação" levou a que dois corpos, que entretanto estavam a ser velados, tivessem de ser levantados para autópsia pois o caso está a ser investigado pelo Ministério Público e, assim sendo, é obrigatório o exame médico-legal. E uma pessoa pensa, e se fosse com um familiar nosso? Caramba, isto é possível? 

 

Confesso que faço um esforço para confiar em quem nos representa e nas suas competências para o exercício das funções mas, a verdade, é que os níveis de confiança estão a baixar a cada dia que passa! Num momento tão delicado como este faz pouco sentido continuarem a esgrimir autorizações, decretos e preocupações com os mortos do Panteão, quando deveriam reunir forças para evitar mortes por legionela, não? 

 

 

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