Em bom português
"bigo" em vez de "umbigo" é a bacorada de eleição. Continuo a não resistir a esta abreviatura tão utilizada pelos meus filhos quando tinham quatro ou cinco anos. Ainda hoje gozo com eles por causa do "bigo". Muitos mais disparates linguísticos foram proferindo ao longo dos anos, sempre com aquela convicção infantil que só mesmo as crianças conhecem e que é verdadeiramente irresistível. Já tenho algumas saudades desses tempos em que cada palavra era um desafio, de tão custoso que parecia dar a volta à língua. Agora dizem cada vez menos palavras mal ditas mas, em contrapartida, vão começar a fazer cada vez mais disparates!
Ora, tendo em conta as idades, os meus filhos estão naquela fase da vida deles em que pode parecer muito mal não saberem dizer determinados vocábulos ou conjugar os diferentes tempos verbais. E portando, eu até tenho medo do que da boca deles possa sair, principalmente quando estão muito convictos, a proferir sentenças e a querer dominar o mundo em português. É de ter medo, mesmo!
- Mãe, nem imaginas, a minha professora está homófona! E já nem fala! - disse-me o mais novo com um ar alarmado e visivelmente abalado com o estado de saúde da senhora.
🤦♀️🤦♀️🤦♀️
O que posso concluir?
Que não só desconhece a palavra "afónica" como não ouviu nadinha na aula das homónimas, homófonas e homógrafas. Devia estar mega distraído a passar papelinhos às amigas a marcar encontros virtuais! E pronto, sobrou para a sua mãezinha! Há que dar matéria nova 🤦♀️.
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