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A Rapariga na Aldeia

A Rapariga na Aldeia

Nada na Piscina

Completa(MENTE) escrito por Sónia Vaz 

Cresci a ouvir a minha mãe dizer que em assuntos de ‘rapazes pequenos’ - conotação equivalente a crianças, na sua gíria particular – os adultos não se devem meter. Que eles os resolvem sozinhos e melhor. Claro, que crescendo a ouvir isto, nunca, e entenda-se, nunca mesmo, fiz queixinhas de qualquer espécie acerca de quem quer que fosse. Fui-me resolvendo e aos meus issues sem passar pelo colo. Se sempre os resolvi da melhor maneira? Talvez não. Se por vezes precisei desse colo? De certeza que sim. Mas a minha mãe nunca se desentendeu com a mãe de nenhuma amiga, nunca foi à escola fazer fitas e eu sempre me senti responsável pelas coisas que me iam acontecendo. Sofri? Claro que sim. Mas sofri tomando uma grande consciência das coisas e percebendo que muitas vezes, as reações dos outros para connosco, não são mais do que aquelas que lhes provocamos. Intencionalmente ou não.

Hoje, ao final da tarde, fui fazer uma caminhada na praia com o meu marido. Os nossos filhos ficaram no toldo com alguns familiares e amigos de longa data. Quando voltámos, notei uma enorme tristeza no olhar do meu filho, que ao ser interrogado acerca do que se passava, se fechou em copas (mas porque é que perguntamos sempre o que se passa se sabemos que automaticamente nos vão responder: nada!!!). Nenhum dos adultos tinha também notado nada.

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O Duarte é um miúdo extremamente alegre. Jamais estaria assim por nada. Foi então, que no caminho para casa percebi que todos os meninos haviam sido convidados para um sunset na piscina de uma das crianças do grupo. Todos menos os meus filhos.