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A Rapariga na Aldeia

A Rapariga na Aldeia

Em bom português

"bigo" em vez de "umbigo" é a bacorada de eleição. Continuo a não resistir a esta abreviatura tão utilizada pelos meus filhos quando tinham quatro ou cinco anos. Ainda hoje gozo com eles por causa do "bigo". Muitos mais disparates linguísticos foram proferindo ao longo dos anos, sempre com aquela convicção infantil que só mesmo as crianças conhecem e que é verdadeiramente irresistível. Já tenho algumas saudades desses tempos em que cada palavra era um desafio, de tão custoso que parecia dar a volta à língua. Agora dizem cada vez menos palavras mal ditas mas, em contrapartida, vão começar a fazer cada vez mais disparates! 

 

Ora, tendo em conta as idades, os meus filhos estão naquela fase da vida deles em que pode parecer muito mal não saberem dizer determinados vocábulos ou conjugar os diferentes tempos verbais. E portando, eu até tenho medo do que da boca deles possa sair, principalmente quando estão muito convictos, a proferir sentenças e a querer dominar o mundo em português. É de ter medo, mesmo! 

 

- Mãe, nem imaginas, a minha professora está homófona! E já nem fala! - disse-me o mais novo com um ar alarmado e visivelmente abalado com o estado de saúde da senhora.  

 

🤦‍♀️🤦‍♀️🤦‍♀️

O que posso concluir? 

Que não só desconhece a palavra "afónica" como não ouviu nadinha na aula das homónimas, homófonas e homógrafas. Devia estar mega distraído a passar papelinhos às amigas a marcar encontros virtuais! E pronto, sobrou para a sua mãezinha! Há que dar matéria nova 🤦‍♀️. 

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Felicidade é o quê?

É a sexta-feira. É bom humor e gente bem disposta. É ter entrevistas marcadas. É manteiga com pão quente, marmelada com bolachas maria. É um mega abraço dos meus pequenos. É não os ter doentes. É sentir-me segura nos meus papéis. É escrever e wi-fi grátis! É ter a cabeça a fervilhar de temas. É ver entusiasmo nos olhos dos filhos. É os meus alunos gostarem de mim apesar de "apertar" com eles como se não houvesse amanhã. É não ter de cozinhar. É saber que a minha mãe fez o almoço. É rir de palavras mal ditas. É momentos de silêncio. É estrada sem trânsito. É não ter de estacionar na aldeia! É ter os meus por perto. É ir ao teatro. É estrear. É uma sangria branca bem fresca. É ter a casa limpa. É sol, praia e havaianas. É namorar. É conseguir dispensar gente pouco apetecível. É saber dizer não, sem arrependimentos. É elogiar. É conhecer sítios novos. É os filhos dizerem que sou espetacular mas mas mas mas (esta parte já não ouço!). É fins de tarde algarvios e caipirinha. É ter tempo para mim, para nós e para eles. 

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A felicidade são mo-men-tos. 😍

Pensem no assunto. 

 

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Bolo de Laranja Saudável

Post escrito pela nutricionista Liliana Janicas 

 

Hoje vou partilhar com vocês um bolo de laranja que fiz no fim de semana para o lanche. Resolvi inventar ligeiramente e gostei do resultado final! Se está a fazer um plano de emagrecimento ou é diabético pode substituir o açúcar amarelo por adoçante stevia que seja indicado para fazer sobremesas. Tenha sempre cuidado com a porção que ingere, esta receita dá um bolo pequeno, por isso pode utilizar as formas dos queques ou a forma de bolo inglês pequena ou pudim.

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Ingredientes: (cerca de 6 queques ou 6 fatias)

 

 

Nós mães precisamos de saber...

Que os nossos filhos (adultos e matulões) são seres humanos absolutamente normais, capazes de trabalhar, de viver sozinhos, de cozinhar e até de arranjar namorada sem que para isso seja útil a nossa imperiosa intervenção. Ficámos perplexos com o programa da sic em que a mãe (autoritária) escolhia uma mulher para o filho (submisso) casar. Não nos podemos esquecer que comédias daquelas acontecem na "vida real". Há efetivamente mães que se julgam habilitadas e com capacidades superiores aos filhos no que a esse assunto diz respeito. E atuam, à sua maneira, para que tudo lhes corra de feição. Das duas uma: ou porque acham que os filhos são incapazes de escolher uma mulher para casar ou porque essa mulher tem de encher as medidas também à mãe.

 

Quem é que nós, mães, achamos ser? Que papel temos ou queremos ter na vida dos nossos filhos adultos? Há áreas da vida dos nossos filhos que não faz mal nenhum não lhes conseguirmos tocar. E esta, a das relações amorosas, a mais sensível, é uma delas! Nós, mães, não somos seres fora de série, também somos absolutamente normais, aptas a uma série de malabarismos pelos filhos mas, passar-lhes atestados de incompetência deixa-nos verdadeiramente mal na fotografia. Não vale a pena perdermos tempo da nossa vida a desejarmos que eles sejam tudo aquilo que nós não somos. É claro que desejamos que sejam boas pessoas, bem sucedidos, educados, que não tenham vícios aborrecidos etc etc etc. Ok, e????? Nós mães fomos isso tudo? Não fomos, pois não? Então, deixemos os miúdos (adultos) escolher, decidir, desenrascarem-se sozinhos e esforçarem-se para conquistar e seduzir uma mulher. E o trabalho que isto dá? Será que os jovens estão preguiçosos?? 

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Mãezinhas queridas, eduquem as vossas crianças de hoje (homens de amanhã) para serem livres, independentes e determinados. Para não viverem obcecados em arranjar parceira. Há muita vida para além de um casamento. Se tiverem de viver sozinhos, por opção ou não, e conseguirem, é porque são seres capazes, que não dependem de ninguém. Hoje em dia, esta liberdade é um dos bens mais preciosos que podemos deixar aos nossos. 

 

Não sei o que o futuro me reserva a este nível. Sei lá eu o que é que os meus filhos vão querer fazer da vida e com quem. Vou fazendo o meu "trabalho", vou dando liberdade, um pouquinho todos os dias, eles vão aprendendo a fazer escolhas, a pensar; dou opiniões (sim, não consigo não dar!), conselhos, uns úteis outros nem por isso ... digo-lhes: primeiro os estudos depois os namoricos; não apanhem sol na "hora do calor" ... 🤦‍♀️. Coisas a que eles só ligam, se lhes apetecer! 

 

Pequena nota: o mais novo diz-me que não vai querer fumar quando for adulto. Tá bem, abelha, penso eu, enquanto espero pelo dia em que encontro isqueiros nos bolsos do casaco dele!!!! 

 

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Vai chegar o dia em que a sociedade espera tanto da minha filha como do meu filho.

Este Dia Internacional da Mulher não serve para que as mulheres mostrem ao mundo que são melhores do que os homens. Não é essa a ideia. Homens, não sintam o terreno ameaçado! Há espaço para todos. Isto não é uma competição de géneros mas sim igualdade! De géneros, de direitos e de oportunidades! É por isto que acho que faz sentido este dia. E sim, deve continuar a comemorar-se. Infelizmente, ainda é preciso mudar mentalidades e despertar consciências relativamente ao papel e ao trato da mulher na sociedade. Parece discurso de 1960 mas, a verdade é que continua adequado falar-se no assunto enquanto a violência persistir e a justiça não tiver meios eficazes para a travar. 

 

Homens e Mulheres,

Somos donos das nossas liberdades. Gostamos de as ver respeitadas ainda que muitas vezes não aceites! Temos de ter voz, opinião e espírito combativo para fazer frente a este exigente mundo. Vai chegar o dia em que não vão querer saber se somos homens ou mulheres. É-nos exigido multitasking e ponto finalOs nossos filhos precisam de saber que a vida deles vai ser assim, uma roda viva de aprendizagens e de adaptações, independentemente do género. As meninas de hoje, mulheres de amanhã, não vão conseguir lidar com a censura, expressões como "uma mulher não deve; uma mulher nunca..." não vão sequer ser aceites. Vai chegar o dia em que a mulher não será discriminada por não ter filhos, por não querer casar, por se divorciar ou por trabalhar em áreas maioritariamente (ditas) masculinas, como me propôs a pensar a Habitissimo. Vai chegar o dia em que a sociedade espera tanto da minha filha como do meu filho. Vai chegar o dia em que serão remunerados de forma justa e igualitária e não em função do género. Vai chegar o dia em que as mentes mais retrógradas (de mulheres e de homens), carregadas de verdades obsoletas, vão deixar de ter lugar na sociedade porque já ninguém as quer ouvir. 

 

Até esse dia chegar, devemos ser intolerantes a todas elas para, efetivamente, perderem força e obrigá-las a voltarem para onde nunca deviam ter saído!

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Filhos do Carnaval

Completa(MENTE) escrito por Sónia Vaz

 

Sou muito mais do que uma simples foliona. Sim, adoro mascarar-me e percorrer as ruas a dançar. Adoro a alegria, as pessoas, a música que não me sai da cabeça nem quando estou a dormir. Mas sobretudo adoro o espírito. O meu grupo começou muito pequenino, com a minha família, alguns amigos mais chegados e amigos desses amigos. Hoje somos cerca de uma centena. Mas não é no número que está a diferença. Não. É nas pessoas, mesmo.

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As mulheres reúnem-se para escolher roupas, ensaiar coreografias e treinar maquilhagens. Os homens trabalham noites a fio durante dois meses na construção dos carros alegóricos, na melhoria do som, em reparações mecânicas.

 

E as crianças assistem a tudo.