Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Rapariga na Aldeia

A Rapariga na Aldeia

A agenda social, escolar e desportiva das meus filhos

Nos encantadores anos 80, que remédio tinham as criancinhas senão ir atrás dos pais para onde quer que fosse o destino/programa de fim-de-semana. Os adultos decidiam e estava decidido. Estávamos a uma larga distância das atuais "reuniões de família" com o propósito de agradar a todas as partes. As crianças (eu e a minha irmã) não mandavam absolutamente nada. As nossas miseráveis agendas não tinham expressão, logo, não condicionavam a vida aos pais! 

 

(alguns anos depois...)

Sou mãe. Ele tem 9 anos e ela 11. Nesta altura do campeonato, eu e o pai é que andamos atrás deles! É muito em função das suas ocupações que a nossa agenda se desenrola, ou, enrola! Se, até há pouco tempo, quando eles eram bebés, havia a necessidade de ajustarmos os programas de fim-de-semana com as fraldas e os biberões, agora .... ui .... agora a dificuldade é conseguir a proeza de encaixar um simples cinema (só para nós) no turbilhão de coisas a fazer ao sábado e ao domingo. Durante a semana há toda uma agitação, de horários e escolas diferentes, de leva e trás, de trabalhos de casa, de estudo, de treinos. Aos fins-de-semana a turbulência mantém-se. Andamos todos a correr, principalmente em dias que antecedem a enxurrada de testes de avaliação; são as festas de aniversário de amiguinhos diferentes, os torneios de futebol (às vezes mais do que um no mesmo dia!), a grande seca dos trabalhos manuais que expressem criatividade, ou até os jogos online com os amigos. E agora com esta brincadeira de anoitecer às cinco e meia da tarde, o dia fica demasiado pequenino para tantos compromissos! Estou portanto em condições de afirmar que as agendas social, escolar e desportiva dos meus filhos têm efetivamente relevância e um peso brutal na dinâmica familiar.  

IMG_0086.jpg

A agenda deles é um emaranhado de eventos, às vezes incompatíveis uns com os outros! Nem sempre conciliáveis com o gosto dos quatro! Já a minha agenda tem andado um valente tédio, ora porque tenho de gerir as deles e em algumas ocasiões entra tudo em rota de colisão, ora porque não consigo disponibilidade para fazer o que gosto, o que me descontrai. Dadas as circunstâncias, pode dar-se o caso de ir jantar fora ou ao cinema, sozinha, porque não consegui pessoas disponíveis cá em casa para me fazer companhia. O problema, este meu grande problema chamado "uber-mãe", pode fazer com que a meio de um filme seja chamada para ir pôr alguém a algum sitio!!! E, lá está, é desagradável!! 

 

Eu sei que o pior está para vir, eu sei, eu sei 🤦‍♀️🤦‍♀️! 

 

 Sigam o blogue no facebook AQUI e no instagram AQUI (@arapariganaaldeia)

 

Dos 18 aos 36 foi um pulinho 😄

Lembro-me de andar toda histérica por ir fazer dezoito anos. Convicta de que iria passar a ter total liberdade para fazer tudo o que me apetecesse, sem ter de dar satisfações a ninguém. Achava eu que me iria escapar o trinco e fazer imensos disparates, mais ou menos um por dia, para estragar a média dos anos anteriores. Só que não! Nada disso veio a acontecer com a chegada dos dezoito anos! Os dezoito foram bons, trouxeram efetivamente novidades à minha vida, mas não foram assim essa loucura toda! Talvez porque como sempre tive imensa liberdade, nunca senti necessidade de extravasar, de exceder limites nem de desbravar terrenos sombrios. Era uma miúda da aldeia, num entra e sai de casa constante para ir ter com as amigas. As pequenas cabeças aluadas não faziam grandes asneiras. Pensavam em palermices mas faltava-lhes o arrojo! Eram, de facto, melhores tempos, menos perigosos e mais saudáveis!

 

Por estes dias fiz 36 anos! Pois, passou depressa. Mesmo. Aliás, depressa demais! Não é que eu não goste de fazer anos (a partir de agora só gosto de presentes) mas a sensação de que a vidinha está a passar muito depressa é cada vez maior. Dizia-me um familiar que parece que quantos mais anos temos, mais depressa passam! Tenho exatamente a mesma sensação. Aos dezoito anos tinha uma energia inesgotável. Nem tinha tempo para pensar a longo prazo. Vivia na urgência de fazer tudo ao mesmo tempo. E conseguia. Aproveitar o dia, estudar, estar com amigos, namorar, sair à noite, tudo isto sem ressacas dolorosas! 

 

Aos 36 já não é bem assim. Os sábados à noite estão muito longe da loucura das noitadas. É-me difícil trocar as mantas e o sofá por uma saída a uma disco (ainda se diz disco?). Bebo muito mais chás que bebidas com álcool porque as ressacas estavam a estender-se no tempo com uma crueldade desmedida. Acordo cedo aos domingos porque, lá está, não houve a febre de sábado à noite com gins e afins. Giro lindamente os silêncios porque são muito escassos cá em casa. Não vou ao que não me apetece, faço menos fretes. Elogio cada vez mais os meus. Sou menos livre do que há dezoito anos porque tenho duas pequenas criaturas totalmente dependentes de mim. Facto é que estou bem assim! Mais completa. Se devia ter mais calma e ponderação? A resposta é sim, devia, mas também não posso querer tudo como se tivesse agora dezoito anos, não é?! 

thumbnail_IMG_5207.jpg

Obrigada a todos pelas mensagens de parabéns ♥️. Tive um dia absolutamente normal como bom escorpião que sou! 😍

 

 Sigam o blogue no facebook AQUI e no instagram AQUI (@arapariganaaldeia)

Pequenas contrariedades 😩

Segunda-feira, dezanove de novembro, véspera de fazer 36 anos. Está tudo bem, por aqui está tudo bem ... não fosse ... 

IMG_3581.jpg

 

Para começar, em bom e em grande, não sei se o meu carro chega ao Natal. Está na oficina com prognóstico muito reservado. O mecânico ligou-me a dar o preço de uma peça mas primeiro perguntou-me se eu estava sentada 😩! Resultado: Carro 1 - Cátia 0. 

 

Continuo sem encontrar um professor/explicador de matemática de terceiro ciclo, o que à partida parecia fácil, está portanto a ser um verdadeiro problema. Percebi agora que não há professores de matemática assim tão disponíveis para aulas de apoio. Resultado: Cátia 0 - Professor Matemática 0. 

 

A pré ou a adolescência, ou lá o que isso se pode chamar, chegou, viu e quer vencer ... mas bate de frente comigo every single day e ao fim de semana com mais intensidade/atividade. Resultado: Filhos 2 - Cátia a sair do negativo (quase de rastos). 

 

O querido cão cá anda na sua despreocupada vidinha. Come, salta, dorme, volta a saltar e mantém-se a destruir tudo o que está ao seu alcance. Está a ganhar-me por muitos pontos! 

 

Há uma pequena neura acumulada que se apoderou da minha pessoa, nada de grave, tudo coisas possíveis de se resolver! Apesar de haver dias que incapacita, bloqueia mesmo os pensamentos positivos, noutros não tem peso nem expressão e até permite beber café e dizer bom dia às pessoas! 

  

Boa semana a todos 😍, amanhã é uma Cátia mais velha que vos fala! 

 

 Sigam o blogue no facebook AQUI e no instagram AQUI (@arapariganaaldeia)

Como tratar a Obstipação - 7 dicas

Post escrito pela nutricionista Liliana Jancias 

 

A Obstipação (mais conhecida por prisão de ventre) é caracterizada por uma dificuldade na regular progressão das fezes ou na incapacidade total em evacuar, afetando pessoas de todas as idades. O desconforto, dores abdominais, barriga inchada e gazes são alguns dos sintomas existentes. A Obstipação ocorre quando os movimentos do intestino se tornam mais lentos do que o normal, fazendo com que as fezes permaneçam demasiado tempo no cólon. Quanto mais tempo se acumulam, maior é a quantidade de líquido absorvido pelo organismo e a dificuldade de expulsão. Em alguns casos, a acumulação de fezes provoca distensão abdominal, aumentando de volume, o que torna o processo de evacuação ainda mais lento. Apesar das diferenças individuais não deve estar mais de 3 dias sem evacuar.

 

Nas consultas de nutrição tenho várias pessoas que referem ter obstipação, em alguns casos só conseguem evacuar 1 a 2 vezes na semana. O ideal é que haja uma evacuação diária ou com um dia de intervalo.

170041_iStock-Syldavia.jpg(Créditos)

Existem várias situações que podem estar a contribuir para este problema e muitas vezes conseguimos resolver a obstipação com mudanças na alimentação ou pelo menos melhorá-la significativamente! Para evitar episódios de obstipação, comece já com algumas mudanças na sua alimentação e no seu estilo de vida:

 

 

Viver com a diabetes

A vida da Marta está ligada à diabetes. Não só por ser uma das maiores (e melhores 😍) investigadoras do nosso país mundo na área das doenças metabólicas como é portadora de diabetes tipo 1. Aconteceu, disse-me ela, que já era especialista na área quando descobriu que as células do seu pâncreas estavam a ser atacadas pelo seu sistema imunitário. A vida pregou-lhe uma partida de mau gosto. Mas a Marta é muito positiva e hoje, com a devida serenidade, acredita que sendo ela tão informada e esclarecida sobre a doença, consegue gerir este "emprego, que não dá para desligar" da melhor forma possível. 

 

Conheço a Marta desde a infância, crescemos na mesma rua aqui na aldeia. Quando a entrevistei, vi nos seus olhos  azuis muito expressivos, enquanto me explicava a diabetes como se eu tivesse 5 anos, a mesma Marta que brincava comigo no baloiço da casa dela. Vi a criança de há muitos anos a partilhar a sua história atual que, de divertida tem muito pouco. Mas a Marta sorria enquanto me explicava os constrangimentos próprios da diabetes. Houve momentos em que me arrepiei, nomeadamente quando o assunto foi ser mãe. 

IMG_3631.jpgMarta Silvestre - especialista em doenças metabólicas (vertente diabetes)

 

A Marta sempre foi uma aluna brilhante, de uma curiosidade insaciável. Ausentou-se da aldeia por longos períodos de tempo, quer para se formar, quer para trabalhar/investigar. Lembro-me de ter ido estudar para o Porto Ciências da Nutrição, de em Lisboa ter feito doutoramento em Ciências Biomédicas, doenças metabólicas e comportamento alimentar. Uma vez, quando já não me cruzava com a Marta por cá há alguns dias, fiquei a saber que tinha ido para Londres fazer um pós doc. A última vez que conseguiu me surpreender foi quando, numa conversa absolutamente banal, a Marta comunicou que ia para ... imaginem ... Nova Zelândia, já ali ao virar da esquina portanto! A Marta é assim, corre atrás dos objetivos e dos sonhos apaixonadamente e as distâncias físicas não passam de um pormenor! Se só na Nova Zelândia é que conseguia fazer intervenção nutricional em pessoas, em vez de fazer em ratinhos, a Marta arrumou a mala e foi viver com o marido para a outra ponta do mundo! 

 

 

Apresento-vos a Aura Jewelry & Co ♥️

Quando, em off, as minhas primas me deram a conhecer a Aura Jewelry & Co fiquei com vontade de trazer todos os colares para casa! Assim, sem pestanejar! Acontece que, como o projeto estava a dar os primeiros passos, as peças estavam ainda em fase de "construção". Aguardei e fiz uns pedidos especiais. Hoje têm um leque de produtos mais alargado. Colares, pulseiras e brincos feitos à mão, em aço inoxidável, são os acessórios que a marca atualmente comercializa. Algumas peças são personalizáveis com letras e símbolos vários, basta escolher! O feedback tem sido fantástico. Durabilidade e qualidade são as palavras de ordem e não pensam sequer em fugir delas! 

 

A Aura Jewelry & Co está presente nas redes sociais e é lá que são feitas as vendas online. Passem pelo Instagram da marca e conheçam todas as peças disponíveis, AQUI

 

Agora que o Natal está a chegar, e não adianta fingir o contrário, mãe e filha, as mãos por detrás desta marca, estão a preparar uma campanha que consiste em enviar os presentes de Natal diretamente ao destinatário, com cartão de oferta e mensagem à escolha. Não é uma boa ideia? 

 

Fiquem a conhecer algumas peças da Aura Jewelry & Co 😍

45671325_176133703332157_2788881630054318080_n.jpg

 

 

 

Podem ter um bebé sem "fazer aquilo"?

O meu filho mais novo gostava muito, mas mesmo muito, de ter um irmão. Sempre que vê um bebé questiona-nos sobre a possibilidade de podermos vir a ter mais um filho. Tudo porque adora bebés, não lhes consegue ficar indiferente e não porque gostasse de ter outro irmão para brincar e partilhar isto e aquilo. A ideia não é essa. Para isso, ele tem cá uma e, em boa verdade, a relação entre eles já conheceu melhores dias! 

baby-20339_960_720.jpg

Este meu filho tem uma adoração especial por bebés, pela perfeição das mãos e pés pequeninos, pelos mini bocejos, pelos gestos descoordenados. Deixa-se deslumbrar pela doçura dos bebés e aprecia cada pormenor. Questiona-me inúmeras vezes, quer saber se também era assim .. tão pequenino e fofinho! Digo-lhe que sim, que era o bebé rapaz mais rapaz da aldeia! Fica feliz e orgulhoso por um dia também ter sido minúsculo e amoroso! 

 

Sucedido. Quando vê um bebé pergunta-nos se também podemos ter um cá em casa. A nossa resposta é sempre no sentido negativo porque efetivamente não faz sequer parte dos nossos planos. Ele insiste e diz que seria ele a cuidar de tudo. Eu dramatizo, claro, digo que noites sem dormir são um terror. Ele ainda assim mostra-se disposto a assumir o controle das fraldas e dos biberões. Eu continuo a tornar tudo mais comovente e digo que um bebé não o deixaria jogar playstation (vale tudo). E ele não desiste. Só consegue ver vantagens! Porém, há uma coisa que o faz vacilar e concluir que se calhar é melhor não continuar a pedir bebés aos pais. É imaginar que para isso acontecer os pais teriam de "fazer aquilo", e ele tem aqui a sua mãe em muito boa conta, impossível de fantasiar naqueles preparos!

Meu querido menino! 😁😁.  

 

   Sigam o blogue no facebook AQUI e no instagram AQUI (@arapariganaaldeia) 

Desvalorizar a gripe é um erro

Tendemos a considerar a gripe uma doença menor. Estamos errados. Quem o diz é a farmacêutica Rita Dias numa conversa esclarecedora sobre gripe e os mecanismos de prevenção que temos ao nosso alcance. Porque faz sentido alertar para esta doença numa altura em que muitos portugueses recorrem às farmácias para tomar a vacina da gripe.

45441973_317124602406035_7448822203052720128_n 2.j

Rita Dias na farmácia da família em São Marcos, Cacém. 

   

O que é a gripe?

A gripe é uma doença respiratória aguda, contagiosa, causada por um virus (influenza) que se manifesta num curto espaço de tempo. 

 

Qual a diferença entre gripe e constipação?

Eu diria que a febre alta é aqui o sintoma que distingue gripe de constipação. A constipação não dá febre alta, é basicamente uma infeção das vias respiratórias superiores ou seja, não desce aos pulmões. Caracteriza-se por espirros, nariz entupido e congestionado, olhos pesados e brilhantes, garganta inflamada. Os sintomas da constipação surgem de forma gradual. Ao passo que a gripe dá febre alta e prolongada, fortes dores de cabeça. Os sintomas da gripe surgem de forma súbita, todos juntos e ao mesmo tempo. 

 

Como se manifesta a gripe?