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A Rapariga na Aldeia

A Rapariga na Aldeia

Uma Macaca na Cidade (44)

ACIMA DE TUDO… SENTIDO PRÁTICO!

 

Que “Quem sai aos seus, não degenera” já se sabe, mas este meu filho é passadinho a papel químico dos paizinhos no que toca a Carnavais, Halloweens, pinturas faciais – Ui, foge delas como o diabo foge da cruz! – ou qualquer evento temático que “imponha” a utilização de máscaras.

Não quer, não gosta, não se importa de ser o único mascarado dele próprio, fantasiado de Manel-de-todos-os-dias…

 

Hoje, no caminho para a escola, começamos a ver muitos miúdos mascarados e pergunto-lhe (com ele tem que ser tudo arrancado a ferros, nunca me conta nada e fico sempre a achar que vou chegar à escola e há todo um evento que me escapou porque ele não me disse… não seria a primeira vez!):

- “Era suposto vires mascarado, Manel?”

- “Não!”

- “Querias ter vindo mascarado?”

- “Não!”

- “Não ficas triste por estarem quase todos mascarados e tu não?”

- “Não, mãe… O V. (melhor amigo) também não se vai mascarar…” [de facto, o V. não ia mascarado, mas levava na mala um disfarce, na dúvida se Manel ia ou não mascarado… são muito engraçados, estes dois!]

- “Mas se quiseres logo podes mascarar-te, que dizes? Eu mascaro-me de bruxa e tu de vampiro!”

- “Não gosto de vampiros, mãe. Gosto mais de zombies…” [what!!??]

- “Podíamos ter feito uma máscara de fantasma… Era fácil… Bastava um lençol… Com uns buracos nos olhos…”

- “Não, mãe! Mascarado de fantasma não consigo correr!!!” [O sentido prático do rapaz a vir ao de cima no seu melhor! Confesso que fiquei orgulhosa. Quais máscaras, quais quê… Ele quer é correr e jogar à bola!] Não sabes que os fantasmas não correm…? Eles voam, porque não têm pés!”

[I rest my case…]

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E aí em casa?

Há bruxas, vampiros, fantasminhas brincalhões…?

Ou há os Manéis, Marias e Joões de todos os dias?

 

Halloween ou há Pão-por-Deus?

Cá em casa, nem um, nem outro… Nem um filtrozinho de Snapchat (BTW, os vossos estão o máximo, Cátia!). Temos apenas uma aboborinha decorativa na porta da entrada, mas acho que é mais a chamar o outono (onde é que ele se meteu?), do que propriamente as bruxas…

 

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"O cancro deu-me uma visão mais colorida da vida"

Hoje, 30 de Outubro, assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama. O tipo de cancro mais frequente nas mulheres e também uma das doenças com maior impacto na sociedade "não apenas pela sua prevalência, mas também por afetar um órgão cheio de simbolismo, quer na maternidade quer na feminilidade". 

 

Durante este mês - Outubro Rosa - muitas têm sido as campanhas de consciencialização cujo objetivo é alertar para a importância da prevenção no combate ao cancro da mama. Também aqui no blogue a data é assinalada. Nas próximas linhas falar-se-à do cancro da mama na primeira pessoa, sem rodeios. Segue uma entrevista a Marta Ferreira Costaenfermeira especialista em Saúde Materna e Obstétrica no Centro Hospitalar do Porto, a quem foi diagnosticado cancro da mama aos 34 anos de idade.

23113031_10208490179366826_455797367_o.jpgMarta Ferreira Costa

 

 

 

Completa(MENTE) 6

Só Sei que Quero que Tudo Saibas

 

Esta é bem capaz de ser a maior frustração de qualquer adulto ao tentar ensinar uma criança (ou um grupo delas). Ou porque há teste e queremos que tenham uma boa nota, ou porque há trabalhos de casa longos (que parecem intermináveis no final de um dia de trabalho), ou porque ninguém gosta de dizer que o seu filho, aluno ou sobrinho não aprende tudo só de ouvir uma vez. Estaremos a ser demasiado exigentes com as nossas crianças? Ou estamos a deixar-nos afetar pelas opiniões dos outros, pelas notas dos outros, pelo que queríamos ter sido, pelo que queremos que os nossos filhos, alunos e sobrinhos sejam?

 

Respirar. É a palavra de ordem. Mas como Exigir sem romper o ponto E? Esgotamento. Vivemos demasiado para os resultados e pouco para os atingirmos. Esgotamo-nos e esgotamo-los a eles, e embora possa haver um ou outro caso que seja bem-sucedido, na sua maioria, estas crianças vão odiar aquilo que de mais precioso a nossa sociedade tenta fazer por elas: dar-lhes acesso a uma educação (que eles não valorizam, pois desconhecem outras realidades, ou até o passado do nosso país, em que a mesma não era acessível a todos).

image.pngOntem fui a uma formação excelente, onde nos mostraram como preparar crianças para exames. E afinal, é possível fazê-lo sem stress, levando-as a acreditar que estão a brincar, ensinando sem que haja pressão, ditadura, gritos. Sem que a educação seja um agente disruptivo do saber, mas antes, o caminho tranquilo, direcionado, para o mesmo. E para o futuro. E o mais giro, é que não dá assim tanto trabalho a planificar. Embora tenha um reverso: um exercício pode demorar uma aula inteira a ser realizado, o que para os defensores das ‘fichas, fichas, fichas’ também se pode tornar num problema e gerar mais confusão. Não para mim, sou acérrima defensora da qualidade em detrimento da quantidade e não acho que um bom trabalho se meça pelo volume de papel gasto.

 

Acredito que ninguém aprende verdadeiramente sem que a matéria lhe faça sentido, e nada faz sentido se for feito contrarrelógio, só para obter um Muito Bom. Este virá por si, ao tempo e ritmo certos, para cada um. E as aprendizagens permanecerão, porque são entendíveis, porque estão interligadas e não porque foram decoradas para enfiar numa resposta e fazer um brilharete e esquecer depois.

 

Vamos transformar esta exigência acreditando na nossa experiência, naquilo que o nosso coração nos diz. Para que o ponto E dos nossos alunos, filhos e sobrinhos (e o nosso também) deixe de ser de Esgotamento e passe a ser de Enriquecimento, Entendimento, Emoção. Para que o saber seja sempre sinónimo de aprendizagem. Para que cada um tenha o seu compasso e este o leve ao encontro do conhecimento. Para que eu continue a querer que tudo saibas, quando tu estiveres pronto para tudo saber.

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Sónia Vaz

 

Alguém disse #16

"Com as primeiras chuvas, surgem os acidentes de viação e aumenta a oferta de corações saudáveis"

 

Professor Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a propósito do transplante de coração do cantor Salvador Sobral. 

 

 

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Para pessoas sem filtro

Se as fotografias do Instagram ficam maravilhosas com os amigos filtros porque não instalar igualmente filtros nas pessoas? Pois a minha sugestão é que os tais filtros sirvam para os mais variadíssimos efeitos e não só para tornar as nossas fotografias mais belas. Proponho que sejam aplicados a outros níveis. Por exemplo, a pessoas que se consideram diretas e sinceras, que dizem tudo o que pensam assim "da boca para fora". Sugiro um filtro que efetivamente as trave e que as faça conter o impulso do "ser inconveniente"! As pessoas vão a falar/resmungar e vai que lhes falha a voz. É o tal filtro a atuar com toda a força! Outro exemplo: um filtro para mães que assistem a jogos de futebol dos filhos. Este, sem dúvida, seria ideal para mim! Porque basicamente não consigo estar calada nem um segundo. Neste caso, deveria impedir-me de gritar "corre, vai lá pá, a bola não morde!", evitava todo um desgaste vocal. Não queiram sentar-se ao meu lado durante um jogo de futebol! Sou um emoji zangado. O sorriso só vem quando a vantagem no marcador é segura (tipo 15-0)! Um filtro para aquelas pessoas que têm a mania de perguntar "estás grávida?". Que coisa tão mas tão desagradável! Isto já me aconteceu e foi mau demais. A rapariga, que não gostou da minha pergunta, respondeu com um simpático e irónico "não, não estou, isto é só gordura!" e nunca mais olhou para mim da mesma maneira! Um filtro aos juízes desembargadores do Tribunal da Relação do Porto para que mais nenhum acórdão semelhante ao último que conhecemos veja a luz do dia. Um filtro para o Pedro Guerra. Para o Bruno de Carvalho. Para o João Galamba. Para o Mário Nogueira. Para ... para ... para ... 

 

Portanto, um filtro é uma espécie de travão/entrave/marretada na cabeça num momento de tomada de decisão que nos pode salvar de uma série de chatices futuras!

 

E vocês, estão a ver alguma situação ou alguém em que um filtro fosse bem empregue?

 

 

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Sugestão Saudável (74)

Post escrito pela nutricionista Liliana Janicas

 

Bolo de Chocolate Sem Açúcar

22833347_10214966308698108_1905324562_o.png(imagem retirada da net)

 

Por vezes apetece um doce, não vamos negar, para muitas pessoas a tentação maior é mesmo o chocolate!! Então hoje vou partilhar convosco uma receita de bolo de chocolate que encontrei na Internet, que não tem açúcar, nem glúten, nem lactose!

Esta receita pode ser uma opção para quem está a tentar emagrecer e tem o desejo de comer um doce mas quer continuar a ver resultados.  Além disso, é uma boa opção para levar uma sobremesa para um jantar de amigos! De certeza que vai ter amigos que querem experimentar o seu bolo saudável 😀Muito importante, não esquecer que a ideia é comer sempre com moderação!

 

 

 

 

Uma Macaca na Cidade (43)

DA (FALTA DE) EMPATIA…

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Tenho sido, amiúde, confrontada com situações várias, que expõem a nu o crescente umbiguismo da sociedade e a tendência preocupante para uma cada vez mais gritante falta de empatia das pessoas.

 

Para mim, é um dos grandes “cancros” da sociedade atual: esta falta de empatia, a incapacidade de “nos pormos nos sapatos dos outros (numa tradução à letra do inglês)”, o acharmos que só acontece aos outros, o não sermos capazes de olhar para além do nosso próprio umbigo.

 

Ora aqui está um tema passível de explorar pela dicotomia cidade/aldeia… Porque é evidente que o estilo de vida nas grandes urbes potencia este tipo de comportamento, ao contrário do espírito que (por enquanto!) ainda se vive nas aldeias. Porém, não pretendo cingir a reflexão a esta dicotomia, nem sequer ao âmbito nacional. Isto porque acredito, que muitos dos males do mundo em que hoje vivemos advém desta falta de empatia. Assim de repente, há um nome que me vem à cabeça e que é o paradigma da realidade que vos descrevo: Donald Trump! Com a agravante de que se trata do líder de um dos mais poderosos países do mundo…

 

Mas a falta de empatia está nos mais pequenos gestos do dia-a-dia e há tempos deparei-me com um episódio que mexeu particularmente comigo. Passo a relatar: seguia no autocarro que apanho todos os dias quando um passageiro começou (por razões que desconheço) a trocar impropérios com a condutora. Esta enervou-se de tal maneira (e também não poupou no vernáculo!) que parou o autocarro na paragem mais próxima, saiu do autocarro, afastou-se descontrolada e a chorar, enquanto ligava para alguém do seu telemóvel. Dentro do autocarro, as pessoas bufavam e olhavam para o relógio, reclamavam “que era inadmissível” e chamavam “maluca” à condutora da Carris. Seria eu a única a ver na senhora uma pessoa agredida, extremamente nervosa, a precisar de ajuda e sem condições para continuar a fazer o seu trabalho naquele momento? Parece que sim… Afinal, fui a única que se dirigiu à motorista e lhe perguntou se precisava de algo, o que deveríamos fazer visto que ela não iria continuar o percurso… Aguardar pelo próximo autocarro. Pois assim fizemos… Eu fi-lo em silêncio, mas houve quem preferisse continuar a criticar a conduta daquela profissional e a ofendê-la porquê? Por causa de uns minutos de atraso? Porque #somostodospassageiros e ´bora lá ser todos contra esses malvados que conduzem os autocarros em Lisboa? Ou só porque sim?

 

Não consigo entender… A sério que não…

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Até podia ter tido graça se não me tivesse irritado tanto 😡

Eu - filho pequeno fofura da mãe tens de melhorar a caligrafia. Deves sentar-te direito e escrever com calma, uma letra de cada vez. Vais ver que se te habituares a escrever direitinho vais gostar mais dos teus cadernos. As tuas cópias vão ficar mais bonitas e vais ouvir elogios da mãe. A professora disse-me que és sempre o primeiro a acabar os trabalhos na sala de aula mas, já te disse, depressa e bem não há quem. O intervalo e a bola podem esperar. Escreve com calma, tá bem? (...) não respondes porquê? Francisco estou a falar contigo ... não tens nada a dizer sobre o assunto, hã hã? (...) porque é que fazes aqueles gatafunhos assassinos no lugar de uma letra legível, hã? importas-te de me responder, hã... 

 

Ele - ...burguer 

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Esta semana não há cromos para ninguém. Tenho dito! 

 

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E a palavra do ano é ...

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Nunca a escrevi no blog. Os grandes iluminados desta praça, chamada facebook, utilizam-na porque sim e, creio, lhes dá algum estatuto intelectual (é de valor escrever coisas que nem todos percebem 😀). Os líderes de opinião portugueses dizem-na e logo de seguida soltam três ou quatro sinónimos para todo o analfabeto "ir ao livro"! Não estou segura, corrijam-me se estiver enganada, mas julgo que as minhas "parceiras na escrita" também nunca a incluíram nas suas reflexões😀. 

 

Certo é que a Porto Editora irá encarregar-se de eleger a palavra do ano, como de resto o faz desde 2009, mas para mim, e perante tudo o que aconteceu este ano no nosso país, já ganhou a palavra ... 

 

Disruptivo

"que provoca ou pode causar disrupção, que acaba por interromper o seguimento normal de um processo; que tem capacidade para interromper ou alterar; que rompe"

 

E se nunca a ouviram/leram é sinal que andam a vegetar pouco nas redes sociais e a ver pouca televisão! O que nem sempre é mau tendo em conta as miseráveis notícias que por aí circulam 😡. 

 

E vocês, já elegeram a palavra do ano ou ainda nem pensaram no assunto? 

 

 

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