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A Rapariga na Aldeia

A Rapariga na Aldeia

Tempo. Esse bem tão escasso

Para além da falta de outras coisas, é comum, nas nossas vidas, lamentos sobre a "falta de tempo". Sim, minha gente, também pensei em falta de dinheiro, mas é mais fácil conseguir ter tempo do que dinheiro. 

Muitas vezes, tendemos a justificar os nossos falhanços em diversas áreas com a popular "falta de tempo". Não o encaramos como tal, precisamente porque nos abrigamos debaixo desse toldo que serve para muitas desculpas. Quem nunca o fez? Quem nunca disse "não tive tempo" ou "não tenho tempo para essas coisas". 

Confesso que "não tenho tempo" para fazer desporto.  No fundo, o que me falta é motivação. Sei disso melhor do que ninguém mas a "falta de tempo" vai servindo para adiar essa decisão de pôr o corpo a mexer. 

 

Aaaaiii, o tempo. O tempo. Esse bem tão precioso!! 

 

No meu caso, consigo com que a "falta de tempo", seja motivo para me esquivar a uma série de coisas chatas e penosas, para as quais não tenho a mínima paciência. Estou a lembrar-me de duas ou três do top ten: engomar a roupa; preparar uma refeição mais elaborada que implique desmontar a cozinha, limpar os vidros cá de casa. Podia estar o dia todo a descrever cenas aborrecidas mas não me apetece nem pensar nelas! 

 

Agora, para outras distracções e rambóias conseguimos sempre um espacinho na nossa agenda vazia.

Incrível. Como é que é possível?

Vejam só ... temos sempre disponibilidade para conhecer um restaurante novo, para um convívio de amigos, viajar.... Podia descrever ao pormenor as cenas top mas também tem o seu lado duro, sendo que não as consigo fazer! 

 

Desde que fui "empurrada" para casa que consigo dar muito mais valor ao tempo. Tempo este que não tinha quando trabalhava a 30kms de casa. Hoje, com disponibilidade total e imediata (como se diz na merda das entrevistas de emprego já de calças na mão), percebo o quão é importante a disciplina e o rigor na gestão do meu tempo, que até há pouco estava nas mãos de um chefe com quem em nada me identificava.

Hoje essa distribuição horária é feita por mim de maneira a conciliar com a vida de mais 4 pessoas. Parece fácil e é, basta adquirir método de trabalho e organização. Até aqui tem dado certo. Apesar de enfrentar alguns dias do demo em que só apetece fugir ou voltar a ser criança.

Solução? não temos tempo para pensar nela. 

 

Precisamos de tempo para pensar. Esse grande luxo nos dias de hoje.

Actualmente tudo passa por nós a uma velocidade estonteante. Desconfio que tenhamos verdadeiramente tempo para pensar, saborear e absorver o que importa e mandar fora o que nada nos acrescenta. 

O meu tempo, que agora também passa por vir aqui, está a ganhar, aos poucos, um espaço e uma dimensão até aqui inexistentes. E está a fazer toda a diferença pois tem vindo a ser bom conselheiro. 

 

Ahhh, nem de propósito... O Vitinho faz hoje 30 anos. A sério? 30 anos? 

Como o tempo passa depressa...

 

10 Tipos de dores no dentista

Após um rigoroso estudo científico e com recurso a sondagens de opinião, destaco os principais tipos de dores numa visita ao médico dentista:

 

1ª - Dor a 20kms do consultório médico. Estas pequenas facadas começam quando ainda estamos no conforto do nosso lar e recebemos uma chamada telefónica para confirmar a consulta do dia seguinte. Por breves segundos imaginamos mil desculpas mas acabamos por confirmar a nossa presença. Lá no fundo sabemos que é o melhor. 

 

2ª - Dor ao sentir o cheiro a consultório médico. Este tipo de dor faz o estômago mais sensível dar um ar da sua graça. Aquele cheiro típico a dentistas e o som das brocas não ajudam a suavizar o momento. 

 

3ª - Dor aguda pelo corpo todo que se agrava à medida que vai aumentando o tempo na sala de espera. 

 

4ª - Dor ao ver o tamanho da seringa da anestesia. Podemos sempre fechar os olhos mas há tendência para abrir ainda mais como sinal de pânico. 

 

5ª - Dor nos maxilares ao fim de cinco minutos, por estar demasiado tempo com a boca aberta.

 

6ª - Dor na hora de pagar. Esta dor pode fazer a pessoa sentir-se petrificada e pedir para repetir o valor pois pensa que está a ouvir mal. 

 

7ª - Dor na consciência por ter feito um estrago obsceno na conta bancária que vai demorar largos meses a recuperar.

 

8ª - Dor profunda nas entranhas quando, já a caminho de casa, percebe que vai a babar (devido à anestesia) para cima do Plano de Tratamento. 

 

9ª - Dor no corpo, mas só no dia seguinte, por ter estado tensa durante uma hora na maldita cadeira e ao mesmo tempo por ter "trabalhado" abdominais. 

 

10ª - Dor ao marcar nova consulta. 

 

 

Breve nota: já perceberam que não houve lugar a rigoroso estudo científico nem a sondagem de opinião!

Tretas minhas só para tornar a coisa mais credível. 

 

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